Mas isto tê algum jêto?

Um certo blogue presunçoso de intelectualóides, um Tonel de mongos, andou a desafiar os leitores para apresentarem interpretações de umas esculturas muita esquisitas - diziam eles que era arte...!

Ora, o aquariozito c'o peixinho que abre este post seria... arte. Mas onde é que isto é arte? Em Coelho da Burra não é certamente. E se nã é arte em Coelho da Burra, tambê nã é em Paris nem em Londres nem nos americanos. Sobre a alarvidade que se vê na fotografia, apenas quero dizer uma coisa: ãtã o camano do artista nã podia pôr uma sardinhita no aquário, em vez de um tubarão tão grande, que assim fica tão atrofiadinho!! E a cor verde da água? Alguê andou lá dissolvendo ranhoca? MAS ISTO TÊ ALGUM JÊTO?

CSI Coelho da Burra

Leio na imprensa que o Departamento de Investigação Criminal de Portimão vai investigar a morte do tripulante do trimarã naufragado ao largo da costa algarvia. Estúpidos! Deviam ter entregue o caso ao Departamento de Investigação Ciminal de Coelho da Burra, onde o nosso agente especial Horácio Canas tem investigado com sucesso as actividades criminais das mais maquiavélicas mentes coelhoburrenses. Este é o problema do nosso país: nunca se atribuem às pessoas certas as funções e as tarefas mais exigentes. Se Portugal funcionasse como Coelho da Burra, outro galo cantaria... melhor, outro jumento zurraria.

Feios, poderosos e maus

Daaaassse! Com um trombil destes, esta não me passava pela pedra nem numa noite de breu... também o mais provável seria que eu nem visse que ela estava lá.

Pau (e língua) para toda a obra

Encontrei num livro o texto de um graffiti escrito no tempo da antiga Roma em que se insultava um cidadão industrioso por este querer achar que sabia exercer qualquer profissão e aceitar todo o trabalho que lhe era proposto. Reza assim o texto difamatório, que originalmente estava em latim, pois claro:

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Ele já desempenhou mais de oito ofícios, foram certamente mais de dezasseis. Trabalhou como taberneiro, ceramista, salsicheiro, padeiro, agricultor, bonzista de quinquilharias, vendedor de rua. Agora é ceramista de pequenos vasos. Para completar, só lhe falta praticar o cunilingus.

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Só tenho um comentário a fazer a tal vitupério: ...ai que más línguas!!

Tratado sobre as encalhadas

Escrevi juntamente com um filósofo meu amigo um denso e complexo tratado filosófico-psicológico-sociológico sobre o fenómeno da encalhada lusitana, cientificamente conhecida por encaliata lusitanae (...da gaja que não se casa, porrrra!). Como o tema é muito complexo - mais complexo que o Tractatus de Wittgenstein e mais enigmático que o teorema de Fermat - apenas deixarei aqui a classificação brilhante a que chegámos da encalhada. Assim, constatámos, após longuíssima e atenta observação, que existem três tipos de encalhadas, cada um baptizado com o nome de um barco naufragado (pois então!):

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1. A encalhada Tolan*: aquela encalhada que todos os gajos sabem onde ela está e como a desencalhar mas que nenhum tem vontade de o fazer.

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2. A encalhada Titanic: aquela encalhada que os gajos sabem onde está mas que não vão desencalhar, desculpando-se com o facto de ela se encontrar a grande profundidade - uma coisa tipo: "Pois, és fascinante mas a tua personalidade forte intimida-me" ou "A culpa não é tua, eu é que não sou gajo de compromissos..."

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3. A encalhada Kursk**: aquela que os gajos não sabem onde está, não querem saber onde está e muito menos querem desencalhar.

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Voltarei em breve a divulgar conclusões deste eminente tratado.

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* Para o mais jovenzinhos ou distraídos, recordo que Tolan era o nome de um barco que naufragou e se voltou no rio Tejo, tornando-se o seu casco à tona da água um monumento citadino apreciado por inúmeros mirónes e por ainda mais gaivotas. Só passados vários anos foi removido desse local.

**Kursk era o nome de um submarino nuclear russo que naufragou a grande profundidade e cujo paradeiro se manteve desconhecido durante alguns dias. Mas vocês não lêem os jornais? A masturbação toma-vos assim tanto tempo?