Tratado sobre as encalhadas
Escrevi juntamente com um filósofo meu amigo um denso e complexo tratado filosófico-psicológico-sociológico sobre o fenómeno da encalhada lusitana, cientificamente conhecida por encaliata lusitanae (...da gaja que não se casa, porrrra!). Como o tema é muito complexo - mais complexo que o Tractatus de Wittgenstein e mais enigmático que o teorema de Fermat - apenas deixarei aqui a classificação brilhante a que chegámos da encalhada. Assim, constatámos, após longuíssima e atenta observação, que existem três tipos de encalhadas, cada um baptizado com o nome de um barco naufragado (pois então!):
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1. A encalhada Tolan*: aquela encalhada que todos os gajos sabem onde ela está e como a desencalhar mas que nenhum tem vontade de o fazer.
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2. A encalhada Titanic: aquela encalhada que os gajos sabem onde está mas que não vão desencalhar, desculpando-se com o facto de ela se encontrar a grande profundidade - uma coisa tipo: "Pois, és fascinante mas a tua personalidade forte intimida-me" ou "A culpa não é tua, eu é que não sou gajo de compromissos..."
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3. A encalhada Kursk**: aquela que os gajos não sabem onde está, não querem saber onde está e muito menos querem desencalhar.
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Voltarei em breve a divulgar conclusões deste eminente tratado.
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* Para o mais jovenzinhos ou distraídos, recordo que Tolan era o nome de um barco que naufragou e se voltou no rio Tejo, tornando-se o seu casco à tona da água um monumento citadino apreciado por inúmeros mirónes e por ainda mais gaivotas. Só passados vários anos foi removido desse local.
**Kursk era o nome de um submarino nuclear russo que naufragou a grande profundidade e cujo paradeiro se manteve desconhecido durante alguns dias. Mas vocês não lêem os jornais? A masturbação toma-vos assim tanto tempo?
2 Comments:
Gostava de acrescentar mais um tipo:
- a encalhada "Queen Mary": aparentemente à superfície e a navegar, mas casada com um calhau.
GARGALHADA!
Bem... tenho que voltar cá muitas vezes!... :))
Este estudo epistemológico da encalhada lusitana é magnífico!
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